Fiquei aqui um tempão pensando sobre como inaugurar minhas postagens no tal do blog. Tô sabendo que "blog" é quaaaaaaaseeeeeee um diário virtual, o que no meu ponto de vista é um paradoxo. Meu conceito de diário é algo ultra-secreto , pra ser descoberto depois que o autor ou autora "jaz...já foi!" E, quando descoberto, deixar todo mundo boquiaberto ao constatar, quem de fato era a "persona"do narrador. Conceitos à parte, vou acompanhar a linha dos tempos e pensar nos "blogs" em sua essência mais completa, como um meio de tornar público aquilo que pensamos, sobre qualquer coisa, seja essa coisa interessante, importante ou uma bestialidade qualquer. Todo mundo tem direito a um endereço 'www' e de se revelar ou rebelar, nele, como melhor considerar. Nunca tive nenhuma relutância com o virtual! Prova disso é que estou aqui, tentando seguir a tradição e fazer meu "open blog" com algo bem pessoal e apesar de nadinha original buscando inspiração para a auto-definição. Todas as possibilidades virtuais existentes, ao menos ao meu alcance, adoram de paixão genuína essa coisa tipo "seu perfil"... sempre há um campo a ser preenchido "sobre você por você mesmo". Confesso que paraliso diante dessa questão. Já conclui que não sei quem sou, ou quem sabe, sou inexplicável em palavras. Afirmativa essa, que dá alguma pista sobre minha modesta configuração. Respondo fácil quando a pergunta é: qual seu nome? sobrenome ? E até quando é: what's your name? and last name? Mas, quando parte pra transcendência de meu ser, atolo! Minha alternativa para não quebrar o protocolo no"open blog" foi a opção "sobre você.com opinião de outrem". E no caso, o "outrem", é minha enteada motivada por Martha Medeiros. Fiz aniversário há pouco e ganhei, da enteada, o livro "Doidas e Santas". Pára tudo!!! O substantivo enteada, assim como madrasta e padrasto é "de doer", né? Só quem tem a vivência entende! Ela, a enteada, é uma amada, prefiro dizer, uma amiga querida! Essa amiga querida me contou que escolheu o livro porque ao ler a contra-capa, lembrou de mim! A parte do texto que inspirou a lembrança é a seguinte: "Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante." Identifiquei-me, com o fascinante!Taí, recomendo o livro da Martha Medeiros, uma coletânea de cem crônicas, todas muito boas e pra acompanhar a leitura a música "Pagú" na voz de Rita Lee. Recomendaria também minha enteada, amiga querida, mas o pai dela continua casado comigo e lá se foram 15 anos, o cargo está ocupado! Consegui um open blog pessoal? São dados suficientes para uma auto-definição. Quem tem sensibilidade percebeu, quem não percebeu, não tem sensibilidade ou não leu, e quem não tem sensibilidade, vá pra outra área, porque nunca vai gostar das postagens desta aqui!
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