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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como as Extremidades de um Caracol.

Impressionante como essa mulher me intriga!
Seja pelo seu humor escancarado ou pela ausência absoluta dele. Ausência de humor acompanhada de uma lista de explicações que explodem, de repente, sem que sejam solicitadas. Quanto menos se solicita,  mais ela  anuncia sobre sua falta de graça. Ela grita. Vive assim em labirintos, caracóis. Volta e meia, esbarra. Somente daí tenta perceber onde está, mas é  breve a tentativa. Parece descomprometida com o lugar. Flutua nele e pisa fundo. Tal concha nas areias, dependendo mais do mar do que da sua vontade de ficar. Explora e desconhece. Complicada e óbvia. Transitando de  um extremo ao outro sem hastear a bandeira em ponta alguma, apesar de sempre carregar uma. Nem sempre a reconheço,tão estranha e parecida com o que já vi. A identifico pelas bandeiras, sempre presentes. A tentativa de qualificá-la seria uma perda da razão, porque o que ela pode vir a ser, será diferente. Não comporta  qualificação. Então, quando a encontro, perdida em alguns dos seus caminhos indescritiveis, não resisto em espiar, por alguns instantes me concentro e quase consigo enxergar - a ela e aos seus labirintos- mas tão rápida diante de mim, num entra e sai do centro, que outra vez, me desconcentro. Do que queria ver, fica um rastro e a visão distante de um mastro, da tal bandeira que já se sabe, ela  vai hastear no lugar nenhum.

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